A experiência de passar cinco dias na presença de extraterrestres é o tema da palestra que o norte-americano Travis Walton fará neste sábado (22) durante o 5º Fórum Internacional de Ufologia, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ao G1, ele revelou detalhes da situação, ocorrida em novembro de 1975, e que o deixou ainda mais curioso a respeito da existência de vidas em outros planetas. “Se pudesse encontrá-los novamente, perguntaria por que nos visitam com tanta frequência e pediria para dividirem conosco todo esse conhecimento que eles têm, capaz de possibilitar que viajem pelo universo”, disse.
A história contada várias vezes desde a suposta abdução, como o fenômeno é chamado, rendeu um livro escrito por Walton e um filme que no Brasil se chama “Fogo no Céu” e que ganhará uma nova versão em breve. O norte-americano também espera ter o livro traduzido para o português.
O encontro aconteceu quando ele voltava para casa com vários colegas depois do trabalho, em Snowflake, cidade do estado do Arizona, nos Estados Unidos. Em um ponto da estrada, lembra ele, viram um objeto voador não identificado (ovni) pairando bem próximo a eles. Ignorando os protestos dos amigos, Walton saiu do veículo e se seguiu em direção à nave. De repente, ele foi atingido por um raio de luz e caiu desacordado. Assustados, os amigos fugiram e o americano só foi encontrado cinco dias depois.
“Acredito que eles não queriam me abduzir e que na verdade o raio que saiu da nave era para me afastar, não para me levar para dentro. Passei a maior parte do tempo desacordado. A impressão é que estive com os extraterrestres por algumas horas. Sentia um sufocamento muito forte e o corpo doía muito. Depois de anos, concluí que eles queriam me ajudar”, relata ao destacar que depois da experiência nunca mais faltou ao trabalho por problemas de doença. “Algo de muito bom aconteceu naqueles dias.”
Os colegas de Walton foram tratados pela polícia como suspeitos de terem assassinado o colega de trabalho. O relato deles não convenceu os investigadores. Todos passaram por detectores de mentiras. Os resultados apontaram que estavam falando a verdade. “Antes eu já acreditava na existência de seres de outros planetas. Algum tempo antes, meu irmão tinha visto um ovni. Ninguém é obrigado a acreditar, mas é preciso admitir que eles existem”, reforçou. A palestra está marcada para as 11h30, no Hotel Golden Tulip. O fórum segue até domingo (24) e a programação pode ser consultada no site do evento.
Registros frequentes
Segundo especialistas que participam do 5º Fórum Mundial de Ufologia, os registros de supostos ovnis e seres extraterrestres são bastante frequentes e têm aumentado. “Não há uma explicação ainda para esse aumento, mas estas observações aumentaram”, comentou o ufólogo Ademar José Gevaerd ao destacar que passaram a ser comuns a partir do século 19 e registradas por grandes pintores europeus em suas obras.
Apesar do aumento de registros, observa o especialista, de cada 100 imagens, 90 são descartadas imediatamente. E, das 10 que sobram, no máximo duas são de registros considerados válidos. “A cada 100 avistamentos de discos voadores, temos em média dez pousos. E de cada mil avistamentos, ocorre ao menos uma abdução”, afirma Gevaerd. Segundo o estudioso, ainda não foi possível identificar características comuns entre os casos, mas garante que não são aleatórios.
“Não estamos sozinhos. A humanidade se estende a outros planetas. Há muitos deles habitados. Alguns mais evoluídos e outros menos. Nós, na Terra estaríamos em um estágio intermediário de evolução”, aponta. A liberação a partir de 2007 de mais de 4,5 mil documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) que tratam de casos de ovnis também tem auxiliado nas pesquisas e nos esforços de se crescer neste ranking evolutivo. “A ufologia no Brasil é uma das mais avançadas do mundo”, avalia o estudioso.
Algo de muito bom aconteceu, diz Travis Walton, abduzido em 1975 (Foto: Fabiula Wurmeister / G1)
A experiência de abdução rendeu um livro escrito por Walton e o filme“Fogo no Céu (Foto: Fabiula Wurmeister / G1)
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